terça-feira, 16 de novembro de 2010

Instinto mulher...

"Não é com idéias que se fazem
versos, é com palavras".

               (Mallarmé, poeta francês)


Sou do tipo de pessoa que não sabe escrever sem referenciar as palavras. Agora paro e penso se devo prosseguir com minha opinião tola sobre mim mesma, uma frágil mulher.


Tudo bem já entendi: homens não se envolvem, agem por instinto. Toda admiração e respeito surge depois. Quanto esforço para durar quase nada. Por instinto, olham para outras e o desejo de possuir justifica tudo.


Já pensei muito nas vantagens do sexo masculino, probleminhas como TPM, regras mensais, consultas semestrais... Não isso não interessa!


Ás vezes gostaria de pensar menos, na verdade raciocinar muito menos. Pois sobre determinadas coisas é melhor não saber e não entender mesmo.


Saber que ele nunca te quis, saber que você entrou porque era gostosinha, saber que se você não fosse 'mulher'... Há de saber tirar a devida vantagem de cada situação.


Tolas mulheres?! Talvez não, penso que essa seja a essência da nossa existência. O sexo frágil, um clichê generalizado, diante de tantos exemplos de superação.


Preciso provar o que eu tenho certeza que você já sabe? Não.


Apenas não subestime nossa inteligência, pois sempre sabemos exatamente o que vocês querem. Ilusão também é uma opção!



quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O fim...

Todo começo tem um fim, nem que seja o do recomeço...

O início do cliclo vicioso surge da necessidade de algo que te falta naquele instante e do encontro com aquilo que supostamente começa a lhe fazer bem.

Hoje debruço-me sobre a minha coleção de histórias, recordando todos aqueles momentos passados e já não tenho mais aquela vontade de descrevê-las e até mesmo dividi-las.

Logo me vêm à mente uma das frases que mais gosto, citada por Exupéry:

“Na vida, não existem soluções. Existem forças em marcha: é preciso criá-las e então a elas seguem-se as soluções”.

O tempo é um instrumento do destino, esse que move nossas vidas e algumas escolhas.

Porque o relógio gira?

Todas as horas poderiam ser infinitas, afinal cada minuto é único. Porém alguém teve que limitá-lo e criar uma lógica.

Algumas coisas terminam assim, sem uma explicação lógica. Hoje tudo acaba aqui.

"Não chore por ter perdido o pôr do sol, pois as lágrimas te impedirão de contemplar as estrelas".
Antoine de Saint-Exupéry

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Tua.. Nosso!

Por mim para você...


Somaste beleza, quando lhe vi a primeira vez. Mas também vi que em seu olhar não existia vida.
Hoje ao vê-la me alegro. Seus olhos agora estão vivos. A vida nascera.

Pude escutar as batidas do seu coração em celebração.
Sua pele branca e seus cabelos avermelhados como o pôr do sol.
Contraste entre inverno e verão és tu tão bela.
Teu olhar me fascina, seu sorriso encanta. Seu coração aprisiona e sua boca liberta.

Deuses espiam seu encanto, enciumados com a dádiva merecida de um mortal, ter lhe trago a vida.
Sim. Sinto que conquistei seu coração. E nem mesmo entendo como tudo aconteceu.
Agora a única certeza que temos é de que olhos vivos nos perguntam o que será daqui em diante...

Texto de Adans, adaptado por mim.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

domingo, 23 de maio de 2010

Segue o rito...

Que quer dizer cativar?!

É uma coisa muito esquecida, aprendeu com a raposa, certo príncipezinho que visitava o planeta Terra, em busca de algo raro. "AMIGOS"...

Cativar segundo ela (A raposa), quer dizer criar laços... E para tanto é necessário seguir o rito.


- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer alguma coisa. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!


- Que é preciso fazer? Perguntou o principezinho.


- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentará mais perto...
                                                          (Exupéry – O pequeno Príncipe)


Então... Partindo do pré suposto do cativar, pouca gente compreende o que significa os passos dessa cerimônia, mas alguns passam a praticá-la inconscientemente.

Posso chamar de 'sorte' receber diariamente, teu bom dia... Aquilo que parece ser tão passivo, multiplica-se em notas de carinho que resultam nessa profunda afeição.

O rito aconteceu, foi seguido com disciplina. E pouco a pouco se descobre, se confirma. E você que é igual a cem mil outros sujeitos, se diferencia num percentual descrito por ti mesmo.

Uma porcentagem, relacionada a você, pra cada uma dessas palavras (de 0 a 100%): Paciente 90%, ciumento 70%, carinhoso 100%, indeciso 10%, seguro 80%, corajoso 90%, sincero 90%, sortudo 100%, ansioso 80%, vingativo 30%, egoísta 0%, manipulador 50%, retardado 100%, feliz 100%, educado 70%...

Já dizia Paulo Coelho, “Quando você quer alguma coisa todo universo conspira para que você realize seu desejo”.

Teu corpo, seus gestos, teu nome, sua existência me consome... Mas tudo que sei é o que não vejo. Na sua ausência, ainda te encontro e me recomponho.

Sabe de quem estou falando?!

- Sim é você. As mãos que me escrevem aquele 'bom dia'. Aquele que seguiu o rito silenciosamente e que sem pressa soube me cativar.

Sua presença é como um veleiro... Me possui, mas pode partir.

Nossas vozes testemunham nosso segredo. Uma conivência que não se explica. O que sei é que um coração não vive sem carinho.

Mas já é hora de partir... Há muito que fazer mundo a fora.

Segue o vento com cautela e volta pelo mesmo caminho. Faz do mar e das estrelas teus fiéis companheiros...

Eles serão a lembrança da minha voz presente, do meu beijo carinhoso, dos olhos que observam você ir.

O olhar que fica; na expectativa de que seus pensamentos perpetuem e impeçam que a distância apague em ti minha existência.

domingo, 16 de maio de 2010

S2... BANDIDO


Andas por onde e a quem procuras?
Por que foste enamorar por ele?
Ando batendo e fugindo novamente.
Pois, sou rebelde e me apaixonei pelo erro de amar quem não devia.
E agora, sou, somos sem poder ser.
Nem sabes o porquê de minha fuga.
Peço que alguém que me encontre antes de você.
Sem poder ser, como errantes, nesse peito onde batemos nossa desventura.
Por onde andas e a quem procuras dessa vez?!

sábado, 15 de maio de 2010

DESEJO IDEALISTA

Sempre acredito nos versos e me iludo com palavras.

Tenho dúvidas ao pensar em quantas verdades deixo de acreditar.
Quando busco companhia no campo da solidão, encontro versos vãos, entre eles algumas sinceras parábolas...

Nada faço com elas... Sabe que minto. Conhece minhas intenções.
Finjo não perceber, deixo livre o caminho do coração, embora não esteja vazio e livre.
Em busca do que falta, talvez não falte...

Quando meus olhos me traem, fico tênue, encolerizada de emoção.
Com o papiro que recolho nas margens daquele rio, sinto que perco tempo escrevendo o que faz sentir-me assim...

O que fazer com as coisas que não querem nos deixar?

Melhor seria que eu fosse poeta.
Sensível para ignorar e transformar a escrita dos versos que leio, em fábulas.
Apenas transcrever sentimentos que não são meus.


Traz a caixa, temos mais uma para guardar...

sábado, 17 de abril de 2010

No lugar de um botão...

Vida? O que guardas nesta caixinha?
_Um botão.
Quem te deu esse botão?
_O tempo.

O tempo lhe deu um botão?
Que benção o tempo trouxe para ti.
Objeto de sorte.
Matéria concreta que não têm vida.

Fora criado com uma função
enorme vantagem por ser assim...
Não tem coração, não tem sentimentos.

Quem te criou, quem te inventou?
Já não importa. Agora és meu.
Daqui em diante ficarás comigo.
Darei-te importância, até quando fores útil.

Sei bem para o que tu serves, mas quero que fiques ali.
Dentro daquela caixinha, garantindo que tu não se perca.
Garantia de tê-lo só para mim.

Não percebes a vantagem de ser botão?
Não tem coração, não tem sentimentos.
Usu-te e não me fazes cobranças... Houve-me e não se aborrece.
Guardo-te e você nunca me abandona.

Botões obedecem sem questionar Inteligentes ... Descrevem os versos deste poema sem reclamar.
Bem quiseras que tu botão, objeto concreto, fosse este triste coração que nunca se satisfaz e sempre anseia em receber mais.


Botão matéria concreta...Traga-me de volta à vida.
Te peço que não permita que eu ocupe o seu lugar dentro daquela caixinha.


Ensaios de poesia

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O que é utopia?! Sente só... ;p

Eu poderia dizer que o futuro não passa de utopia... Quem garante que tu vais estar vivo amanhã?

Deus fez todas as coisas, cada qual em seu lugar, creio eu, que no seu tempo também. Tudo tão perfeito. Quase perfeito, até existirmos... Ser Humano, sinônimo de imperfeição!

Seria a criação do mundo e dos seres uma 'Utopia Divina'? Blasfêmia.

"Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino, quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino"... 1 Co 13:11.

Estamos carregados de uma força contraditória, que bem poderia se chamar 'esperança', conforme Coelho Neto (1985), descreve há muitos anos atrás.
Certa vez, li uma crônica, em formato de oração, que dizia: "Que as sogras nunca se chamem, 'esperança', pois a esperança é a última que morre"! Quanta maldade, risos. Adoro a minha.

Concordo com Coelho Neto, quando diz haver outra denominação para esta, então 'força'. Podemos dizer que assim como existe esperança, existem os sonhos. Adjetivos que compõe essa contradição, que é crer naquilo que não é, não existe, mas que pode vir a ser.

Sei de 'um alguém', que possui muitos sonhos, rumo à trajetória de um ano, quem sabe chegue até a Bolívia. Quem sabe se apaixone, quem sabe já não está apaixonado, quem sabe fique famoso tocando rock, quem sabe se forma e se torna um grande jornalista. Quem sabe por ser apenas um menino, perca o chão. Quem sabe?!

Os sonhos de outrora, talvez não sejam os de agora... se fosse possível prever o destino, não seguiríamos apenas Um Deus. Entretanto sabemos que Ele existe, está sempre conosco. Na corrida do relógio, o tempo não espera. Sigam-me os loucos.

Sejamos todos bons soldados e combatamos o bom combate. Este que driblamos todos os dias, para que nossos sonhos continuem presentes e para que as sogras chamadas 'Esperança', continuem à existir.

O meu desejo é que o sinônimo de utopia seja Amor. "Aquele que é paciente, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta... Porque, O amor jamais acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo ciência passará; porque, em parte, conhecemos, e em parte, profetizamos"... 1Co 13. 4-9.

"Sejamos realistas, exijamos o impossível" (Coelho Neto, 1985)

Utopia é nada mais do que aquilo que você 'ainda' não conhece, ou 'ainda' não viu acontecer.


Referências:
COELHO NETO, José Teixeira, 1944 - O que é Utopia - São Paulo: Abril Cultural: Brasiliense, 1985.
BÍBLIA SAGRADA, traduzida em português por João Ferreira Almeida. Revista e atualizada no Brasil, 1993.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Mãos...


Preparei minhas Mãos de afeto Este parágrafo Rapaz encantado ...
Eu Tinha UM Ombro de algodão n ajeitar Seu sono ...
E Meu Corpo Uma fogueira Seu parágrafo frio esquentar ...
Preparei minhas Mãos de afeto Este parágrafo Rapaz encantado ...
E OS Todos lavaram Meus OlhosOS Meus Pecados.



Composição: Ivan Lins / Vitor Marins
Música: Mãos de afeto

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

AMIGOS DA LINHA: uma história sem fim




Amigos da linha - Apresentação

Sempre que uma história começa, procuramos resumir onde queremos chegar. Entretanto aqui, caros leitores, informo que na comunicação 'via linha direta' (e-mail, msn, chat, orkut... esses não tão 'novos' meios, de manter contato e especular a vida alheia...rs), o contato nunca morre e caso o pior aconteça, a gente fica sabendo através de depoimentos e bandeirinhas escrito 'LUTO'.
Amigos da linha - Introdução
Escrever é algo adorável, mas nem sempre quem escreve está inspirado ou tem a ousadia de expor seus rabiscos em público. Dar a cara tapa sabe? Coisa do tipo. Eis aqui, uma tarefa que venero, tenho sede daquilo que dá medo, mais confesso que no rostinho que mamãe passou loção, levar tapa da crítica, deve doer "pacas" ... mas afinal, quem liga né?! "Quem não morre não vê Deus" ...
Amigos da linha são recortes de andanças, encontros casuais e de muitos laços criados em conexões não tão seguras, mas que me envolveram de tal forma, a ponto de motivar a escrita desse assunto.
Como diria a raposa de Exupéri, ao pequeno príncipe: Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.
O príncipe e a raposa são grande parte da inspiração dessa escrita, mas por enquanto ficarão guardados para outros ensaios... o primeiro está diretamente dedicado a um amor chamado John...
Amigos da linha - Capt. I
Um amor chamado John
Usarei parte de duas músicas para falar desse amor, a primeira é antiga e bem famosa "Deixa isso pra lá"*, prefiro ouví-la na voz de Jair Rodrigues, mas Lulu Santos também canta. Alguns dizem que mente vazia é oficina do Diabo e eu não discordo de tal afirmação. Esse 'cara' é moleque...
E numa noite vazia, encontrei esse nome, que à propósito adoro, perdido numa lista de um chat. Aí não aguentei... o chamei através de mensagem: - Ei? Adoro esse nome... O metidinho demorou a dar bola, mas em compensação, até hoje tá aqui, presente nesse coração. Que papo gostoso! Agora eu pergunto? Faz mal bater um papo assim gostoso com alguém? Nesse caso não, vai vai por mim.
Hoje em dia é difícil confiar e criar vínculos com pessoas que estão presentes, inclusive fisicamente. Esse amor mora bem longe. Mas nosso contato me faz acreditar em algo que jamais confiei: amizade virtual (ditos de um outro querido!).
Acredito muito que o tempo que dedicamos as pessoas é o que nos torna tão importantes. Para que perder tempo, dando atenção a quem talvez não passe de uma farsa. É tão comum ouvir isso!
Eu tenho fé em Deus e enquanto essa fé perdurar, prefiro acreditar nas pessoas. E nesse meu balanço meu bem, só fica quem tem carinho pra dar.
O primeiro aspecto que me chama atenção numa companhia, são as idéias que ela guarda consigo. Palavras bem colocadas acabam no vazio de grandes ilusões, daquelas que sempre existiram, mas só você num quiz ver.
Entre muitas idas e vindas, on e off, a comunicação de dois parceiros, ainda flui num gesto de extrema afinidade, em todos os sentidos. Detalhes no qual estou proibida de comentar.
Digamos que tem um pouco de coração envolvido, uma pitada de perversão misturada ao Id de insanidade... Os bons amigos sempre participam de nossos mais sinceros desvaneios.
E embora nossa parceria exista à distância, nossos encontros estiveram marcados de muitos destes momentos... Inclusive quando somos perseguidos pela polícia amorosa que ocupa grande parte de nossos corações. Pularemos essa parte.
Seria bom falar de todos os amigos e amigas com o mesmo gosto que falo desse nego, mas não posso e não devo. Não posso medi-los. Cada qual tem sua importância e parte da história que compõe meus laços de vida. Pontas soltas, talvez... os próximos capítulos que dirão.
Amigos são a família que podemos escolher. São 'gente', não instrumentos vendidos em lojas. São amores e estão bem guardados aqui ó [S2].
E para não sair devendo nada, segue o nome e parte da segunda música: "Tão bem"**... porém na versão masculina, claro! Ele me faz tão bem! Ele me faz tão bem! Que também quero fazer isso por ele...
Pelo tempo e a atenção dispensada, a primeira parte dessa história é dedicada a você, meu querido amigo.
Texto de autoria própria - Su... Almeida
Direitos reservados
* Música Deixa prá lá - de Edson Menezes/ Alberto Paz
Nas vozes de Jair Rodrigues e Lulu Santos.
** Música Tão bem - de Lulu Santos
Voz de Lulu Santos.




sábado, 2 de janeiro de 2010

Foi então que apareceu a raposa...

-Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita.
-Sou uma raposa, disse a raposa. - vem brincar comigo, propôs o princepizinho. Estou tão triste...
-Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
- Ah! desculpa. Disse o principezinho.
-Após uma reflexão acrescentou:
-Que que quer dizer "cativar"?
-É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa 'criar laços'.
- Criar laços?
- Exatamente, disse a raposa.
-Tu não és para mim igual a cem mil outros garotos. Eu não tenho necessidades de ti. E você também não tens necessidades de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas.
Mas se tu me cativas, nós teremos necessidades um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo.
-Mas a raposa voltou à sua idéia.
- Minha vida é monótona. Eu caço galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. Isso me aborrece um pouco. Mas se tu me cativas minha vida será como que meia cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar para debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca. Como se fosse música...
-Por favor... cativa-me! disse ela.
-Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
-A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não tem mais tempo de conhecer alguma coisa. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
-O que é preciso fazer? perguntou o princepizinho.
-É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, a cada dia, te sentarás mais perto...
No dia seguinte o principezinho voltou.
-Serias melhor se tivesse voltado à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Às quatro horas, então estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos.
Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
-Ah! eu vou chorar.
-A culpa é tua, disse o principezinho, eu não queria te fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse
-Quiz! disse a raposa.
-Mas tu vais chorar, disse o principezinho.
- Vou, disse a raposa.
-então não sais lucrando nada.
-Vais rever as rosas. Compreenderás que à tua és a única no mundo...Tu voltarás para me dizer adeus e eu te farei presente de um segredo.
...Era uma raposa igual a cem mim outras. Mas fiz dela um amigo. Ela é agora única no mundo.
E voltou, então, à raposa:
Adeus, disse o principezinho.
Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples. Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.
-Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.
Os homens esqueceram esta verdade, mas tu não a deves esquecer.
Tu se tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...
E repetiu o principezinho, afim de se lembrar.

Texto adaptado ( EXÚPERY, Antoine de Saint. O pequen Príncipe)





Me despes anja fada logo se vai...

Amor meu...

Amor fugitivo, tomas-me, deixas-me, expreme-mes e me atiras a um lado.

Outra vez minha boca insenta volta a cair em tua pele...

Volta a mim tua boca provoca

volto a cair de teus peitos a teu par de pés.

Nem compartilho o engano,

nem compartilho meus dias nem a dor...

Amor mutante

amigos com direito e sem direito de te ter sempre.

Pela parte que me sobra de você

relâmpagos de álcool.

Me despes anja fada logo se vai...

volta a mim tua boca dói.

Lábios compartilhados,

lábios divididos meu amor...

Nem compartilho o engano, nem compartilho meus dias.

Que me enterre o esquecimento, meu amor!

Te amo com toda minha fé, sem medida...

Teus lábios tem o controle

e você segue com o controle.

Te amo ainda ainda que estejas compartilhada...

Texto traduzido e editado (Maná - Lábios compartidos)